Posted by: Ronai Rocha | April 23, 2012

YPF: no hay

Posted by: Ronai Rocha | April 23, 2012

Argentina, gasolina: uma cena comum, “no hay nafta…”

Posted by: Ronai Rocha | April 23, 2012

Gasolina, Argentina

Quem viaja pelo norte, nordeste e noroeste da Argentina conhece bem a cena que a foto mostra: filas para abastecimento de gasolina. Na viagem que fiz em janeiro deste ano a falta de gasolina foi uma constante, desde Santo Tomé, na fronteira com São Borja, até Jujuy, no NOA e descendo, para Chilecito e depois para dentro, na região de Catamarca. Em uma das cidades que fiquei hospedado uma noite, não havia uma gota de gasolina à venda nos postos. E, contrastando com isso, qualquer viajante via os caminhões de transporte da YPF estacionados na beira das estradas, dando a impressão de que faziam tempo, que apenas esperavam. Eu não consegui nenhuma explicação para isso, além daquela óbvia: não havia gasolina para ser distribuída aos postos. O problema se arrasta faz já alguns anos e traz problemas sérios para os turistas que secam um tanque ao dia, atravessando essas regiões, pois nunca se sabe se haverá gasolina na cidade em que se chega. Por esse tipo de fato é que desconfio que há mais do que patriotada no gesto da dona Cristina. Houve um tempo em que a Argentina orgulhava-se de ser autosuficiente em gasolina, enquanto o Brasil importava quase tudo o que consumia. Hoje falta gasolina para eles, e o problema parece se agravar no verão, em algumas regiões. Sei não, parece que por trás de uma aparente decisão nacionalista há coisas bem mais prosaicas e práticas. Por exemplo, pura e simples falta de gasolina, já faz algum tempo.

Posted by: Ronai Rocha | February 3, 2012

“Aunque todos vayan presos”

Mais de sessenta por cento dos acidentes no trânsito da Argentina são protagonizados por motociclistas. A lei manda que todos usem capacete, mas a polícia faz vista grossa. Na tentativa de aplicar a lei, os postos de gasolina são proibidos de abastecem a motocicleta cujo piloto não usa capacete. Os bombeiros fazem vista grossa. E as mortes se sucedem. Quando a imprensa grita e cobra uma atitude das autoridades, elas respondem que se forem aplicar a lei, “no queda un auto en la calle”. A imprensa retruca: é melhor que todos “vayan presos”  do que seguir essa mortandade.

O rapaz ali na foto me disse que gostaria de usar capacete, mas não lhe sobrava dinheiro para tanto. E seguiu em frente, no calor e no vento da tarde.

Posted by: Ronai Rocha | February 3, 2012

www.fjordrally.de

Hennes und Suse vieram da Alemanha, onde gostam de pilotar sobre a neve, para conhecer os desertos da Argentina. Esperaram pacientemente na fila de abastecimento, quando então pudemos conversar um pouco sobre as estradas da região. Trocamos endereços, mapas, dicas e seguimos, eu para Catamarca, eles para Chilecito. O calor era de 40 graus. Suse tinha os lábios partidos pelo vento quente da região. Mas parecia feliz. Ela escapava da neve e estava sendo abraçada pelo calor do noroeste argentino. Quando pedi para fazer a foto ela carinhosamente aconchegou-se a Henne. Há calor e calores, deve ter pensado. Convidaram-me a andar de moto nos gelos da Alemanha. Agradeci, quem sabe? A fila chegou ao fim, abastecemos, nos despedimos. Eles foram para o lugar de onde eu vinha, eu me toquei para os lados de onde eles haviam vindo. É assim que funciona, pensei, nas viagens, nas vidas.

Posted by: Ronai Rocha | January 16, 2012

Portezuelo

Nas proximidades de Catamarca (San Fernando de Catamarca) há uma estrada chamada “Cuesta del Portezuelo”. Nela a gente sobe de 500 a 2.000 metros em 18 quilometros, para ver, por exemplo, condores. Dificil encontrar as palavras para descrever.

Posted by: Ronai Rocha | January 4, 2012

Vergonha

Em Corrientes, a poucos metros da entrada da ponte Belgrano, alguns policiais praticam a arte da extorção de pesos de motociclistas em viagem. Funciona assim: o viajante ingressa na avenida central de Corrientes em direção à ponte e não lê um pequeno cartaz no qual está escrito que motos devem trafegar pela “coletora”. A coletora é uma rua paralela. A medida foi criada porque na Argentina qualquer criança pode dirigir moto e o capacete não é obrigatório. E existem enxames de scooters, cinquentinhas e todo tipo de moto pequena trafegando nas cidades. O viajante, preocupado em achar a ponte, não lê ou não entende bem porque ele não poderia trafegar numa rua que é uma parte de uma “ruta nacional”. E segue. Quando vai entrar na ele será parado em uma barreira e informado cordialmente que cometeu uma infração. A multa, informa o guardinha, é de 400,00 pesos. O turista reclama e sai um desconto, fica por 50,00.
O turista, entre raiva e desmoralização, entrega os pesos e eles “liberam” o transito.
Esse aí da foto não se deu conta que estava
sendo fotografado e contou os pesitos à vista

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Posted by: Ronai Rocha | December 31, 2011

Na estrada

“Caminante, no hay camino,
se hace el camino al andar”.
Antonio Machado

Posted by: Ronai Rocha | June 26, 2011

O veículo perfeito

“Pensando bem, existe apenas dois tipos de homens no mundo: aqueles que ficam em casa e os que não ficam”. Acho que basta essa frase para a gente ficar interessado no livro. A frase é de Rudyard Kipling (sim, o autor de Kim!) e o livro é da Melissa Holbrook Pierson. Ela abre o cujo, intitulado  O Veículo Perfeito – qual é essa das Motocicletas com a frase do Kipling. A outra epígrafe não tem autor, e é considerada um ditado de motociclistas:  “Existem apenas dois tipos de motociclistas: aqueles que já caíram um tombo e aqueles que vão cair um”. O livro descreve a conversão da autora para o mundo das motos e é muito bem escrito. Estou apenas no começo, mas parece ser um dos poucos livros que a gente poderia incluir na categoria de “filosofia sobre motociclismo”. O título original, para buscar na web é “The Perfect Vehicle – What it is about motorcycles“, Ed. W. W. Norton & Company, 1997. Melissa pode ser amiga da gente no Facebook, onde ela dá uma palhinha sobre o livro, por vezes. Li apenas dois capítulos, mas isso já é suficiente para recomendar o livro para quem tiver gosto não apenas por viajar, mas também para refletir sobre as viagens. Afinal, uma vida de cabo enrolado é apenas uma parte da vida.

Posted by: Ronai Rocha | August 29, 2010

Consumo da GS

Para os curiosos sobre o consumo das GS, eis a série de médias que anotei até agora (a moto está com aproximadamente 2.500km):

26,4; 24,2: 24,0; 22,8; 24,4; 20,6; 22,7; 23,6; 25,6.

Natália mostra que o painel da GS chega a ser bonito de tão datado que é.

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